sábado, 22 de janeiro de 2011

Até quando iremos ignorar esse problema?!!!

Ex-voluntário da Suipa faz severas críticas às entidades protetoras de animais..  

24 de maio de 2010

O leitor Luciano Netto Boiteux enviou um e-mail à redação do Jornal O Globo no qual relata suas experiências como voluntário na Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) de 1998 a 2004 e faz severas críticas às instituições e abrigos de animais : 
"Nunca presenciei um caso voluntário de maus-tratos, e posso garantir que Izabel Cristina Nascimento, presidente da entidade, é uma pessoa honesta e que ama verdadeiramente aqueles animais e, que todas as instituições e abrigos, inclusive a Suipa,  fazem até hoje, o trabalho que o Centro de Controle de Zoonoses deveria fazer: receber os animais e colocá-los para adoção."
Luciano diz que o grande problema são as péssimas condições de vida dos animais que vivem nesses abrigos. Os animais vivem juntos, e atacam – e matam – aqueles que não podem ser subjugados. É um ato extremamente cruel colocar um cãozinho ou um gatinho abandonado em um local com 300, 500 animais que não o conhecem e não estão dispostos a tolerar sua presença. Ele acaba morto. "Alguns morrem – literalmente – de medo, antes mesmo de serem retirados do carrinho que os leva para dentro do abrigo. Acredito e defendo a eutanásia (química, realizada por um veterinário) – tanto em seres humanos quanto em animais – como um ato de amor, quando não há mais possibilidades de uma vida feliz. Qual a diferença entre matar e deixar morrer? Nenhuma. De nada adianta pregar a não eutanásia e permitir que um animal mate o outro dentro do canil. O sofrimento da morte por ataque, na qual o cão é dilacerado por seus companheiros de “cela”, é enorme. Acredito que o nome da entidade deva representar o bem, a vida. Hoje, temos um campo de concentração, nos moldes de qualquer presídio, destes que vemos na TV quase toda noite. A grande diferença é que os “hóspedes”, os segregados, são vítimas. São seres vivos que, por um motivo ou por outro (fútil na grande maioria das vezes), foram abandonados pelas pessoas a quem dedicavam suas vidas. Estão ali, salvo raríssimas excessões, à espera da morte, quando na verdade deveriam estar apenas de passagem, à espera de uma nova chance, de uma nova vida.."
Com informações de O Globo
Nota da Redação: Uma parte dos problemas enfrentados pela Suipa e de todas as outras entidades de proteção pode ser resolvido por meio da conscientização a favor da guarda responsável e programas de castração e adoção, e não pela eutanásia, como afirma Luciano Netto.
Muitas das entidades responsáveis pelo recolhimento e assistência a animais abandonados passam por problemas, justamente porque a demanda de animais sempre é maior do que a estrutura dos lugares pode suportar. Caso essas denúncias sejam verídicas, as autoridades competentes devem ser acionadas para que o sofrimento não se perpetue entre esses animais já tão castigados. Solucionar essas defasagens passa por uma postura mais atuante das autoridades públicas junto a essa triste realidade enfrentada pelo animais que não têm um lar. Isso faz com que a população se torne mais consciente acerca dos males causados a um cão ou gato deixados na rua, desafogando, consequentemente, essas entidades que tentam suprir o que os demais setores da sociedade ficam devendo.

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

PREÂMBULO


Considerando que todo o animal possui direitos.

Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza.

Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo.

Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros. Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante.

Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais.


PROCLAMA-SE O SEGUINTE:

Artigo 1º

Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito a existência.


Artigo 2º

     a) Cada animal tem direito ao respeito.
   b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais.
     c) Cada animal tem o direito à consideração, à cura e à proteção do homem.


Artigo 3º

     a) Nenhum animal será submetido a maltrato e atos cruéis.
     b) Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia.


Artigo 4º

     a) Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver no seu ambiente natural terrestre, aéreo e aquático e tem o direito de reproduzir-se.
     b) A privação de liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a esse direito.


Artigo 5º

     a) Cada animal pertencente a uma espécie, que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie.
     b) Toda modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a este direito.


Artigo 6º

     a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem direito a uma duração de vida conforme sua natural longevidade.
     b) O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.


Artigo 7º

Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade do trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.


Artigo 8º

     a) A experimentação animal, que implica em sofrimento físico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra.
     b) As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.


Artigo 9º

No caso do animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto sem que para ele resulte ansiedade ou dor.


Artigo 10º

Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição de animais e os espetáculos que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal.


Artigo 11º

O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, um delito contra a vida.


Artigo 12º

    a) Cada ato que leva à morte um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um delito contra a espécie.
    b) O aniquilamento e a destruição do meio ambiente natural levam ao genocídio.


Artigo 13º

     a) O animal morto deve ser tratado com respeito.
     b) As cenas de violência de que os animais são vítimas devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham por fim mostrar um atentado aos direitos do animal.


Artigo 14º

     a) As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos do homem.

"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais... Os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento."

Charles Darwin

Muitos animais, poucas condições

Reflexão sobre as causas e consequências de quem resgata e acumula animais

20 de julho de 2010

Por Marcela Couto (da Redação)
Começa com a melhor das intenções, “resgata-se” um gato de rua precisando de uma boa refeição e  afeto. Porém, o final da história quase sempre é triste: um animal multiplicando-se em dúzias com pouca comida e sem cuidados veterinários.
Foto: Staten Island Advance/Hilton Flores
 Os grupos de resgate animal de Staten Island, Nova York, EUA, encontram casos como estes todos os dias.
“As pessoas pensam que estão fazendo algo bom quando na verdade é o contrário”, disse Lisa Rooney, fundadora de um grupo de resgate chamado P.L.U.T.O, do condado de Richmond. Ela é a favor do programa trap-neuter-release (pega-castra-solta), que captura e castra gatos de rua e depois os liberta para viverem em locais urbanos, em vez da prática comum de levar animais para casa sem ter os cuidados necessários. “Esses animais estão vivendo em condições deploráveis, infestados de moscas, com os olhos lacrimejantes. É triste, mas as pessoas não enxergam dessa forma.”
Todo ano, 500 mil animais são vítimas do que os especialistas chamam de animal hoarding (acumulação de animais), que consiste em manter um grande número de animais domésticos sem controle algum em um espaço insalubre.
Em Nova York, cerca de 100 novos casos são identificados por grupos de resgate a cada ano, e alguns deles envolvem mais de 60 animais vivendo em uma única residência, de acordo com o Fundo para a Saúde Pública de NY.
O problema existe em toda a Staten Island, mas permanece escondido até que os vizinhos comecem a reclamar do mau cheiro e da presença de moscas e vermes. Mesmo assim, a linha que divide acumular animais e ferir animais ainda é difícil de definir.
“Eles começam achando que estão fazendo o certo, mas então os animais começam a se reproduzir e não há lugar para ficarem,” disse Clo Garguilo, presidente do Conselho de Staten Island para o Bem-Estar Animal. “Eles podem achar que não, mas isso é crueldade animal.”
Não há leis que limitem o número de animais que um cidadão pode tutelar, mas a acumulação, em alguns casos, pode ser condenada por leis estaduais contra a crueldade animal. A informação é de Stacy Wolf, vice-presidente e conselheira chefe de um departamento legal da ASPCA.
“Se o animal está ferido e com problemas de saúde, o caso é enquadrado em crueldade animal. Mas, se os animais estão vivendo em um ambiente sujo e amontoados, porém estão em boas condições, não temos como acusar o tutor criminalmente.”
Em um caso recente, uma moradora de Oakwood mantinha 40 gatos em seu apartamento em péssimas condições sanitárias. Quatro deles foram resgatados pelo Controle de Animais de NY, e um grupo de resgate animal trabalhou para abrigar os restantes. A mulher não recebeu acusações criminais porque, apesar da falta de cuidados, os animais não apresentaram problemas.
Em situações como esta, entra em cena o grupo de intervenção contra a crueldade da ASPCA (Cruelty Intervention Advocacy), do qual Wolf faz parte. O programa procura soluções para a vida dos animais quando não há acusações criminais contra os tutores, contando com ajuda de agentes do serviço social.
“Nós tentamos trabalhar com as pessoas para que elas diminuam o número de animais, então vermifugamos e castramos cães e gatos”, diz Wolf. “Não são apenas os animais que correm riscos, as pessoas também sofrem com o problema.”
A acumulação de animais não chegou a ser classificada como uma condição psicológica, mas a comunidade de especialistas em saúde mental está avaliando suas ligações com transtornos obsessivos e compulsivos. O problema se tornou tão comum que o Animal Planet irá exibir um documentário sobre o assunto, chamado Confessions: Animal Hoarding.
De acordo com a Sra. Wolf, muitos acumuladores de animais são homens e mulheres idosos procurando companhia.
“Ninguém quer processar uma senhora de 88 anos à procura de companhia. Mas isso não justifica o sofrimento dos animais”, conclui Wolf.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Veterinárias Solidárias...


Bom dia a todos,

Para quem não me conhece meu nome é Priscila Mesiano, sou Veterinária e no dia de ontem fomos as áreas afetadas pela chuva em Teresópolis a procura de animais vitimas dos desabamentos.
Passamos todo o dia a a noite lá recolhendo cães e gatos deixados para traz por familias desesperadas que deixaram suas casas ou morreram.
Muitos animais feridos com fome e molhados....casas destruidas, vidas acabadas... e a chuva não para...Uma cena que sei que nunca vou esquecer.
Levamos cães a um abrigo onde estão sendo tratados, alimentados e abrigados. Porem os gatinhos não tem aonde ficar neste abrigo junto aos cães pois as condições são muito dificeis.
Por isso trouxemos 15 gatinhos que estão divididos na minha casa e na de uma colega Dra Janaina Costa. A grande maioria são filhotes, lindos, alem de uma gata adulta cega, todos estavam muito assustados e molhados. Mas estão em bom estado de saude.
Envio então este e mail a todos vcs pois precisamos doar estes animaizinhos que já tão jovens passaram por momentos que muitos de nós não podemos sequer imaginar.
Pedimos tambem para quem possa doar ração para gatos filhotes, jornal velho e areia higienica para gatos.

Caso vc queira e possa adotar um desses lindos e sofridos gatinhos, nos fará muito felizes e dará a estes bichanos uma chance de recomeçar suas vidinhas de uma maneira segura e feliz.
Me comprometo a castrar todos machos e femeas gratuitamente.
Mas por favor nos ajudem, divulguem o maximo que puderem este e mail.

Venha conhecer os gatinhos tenho certeza que vc irá se comover e se apaixonar por eles.

Em anexo vão algumas fotos dos bichinhos.....

Qualquer doação ou interesse pelos gatinhos entrem em contato comigo ou Dra Janaina.
24 8807 5660
24 2243 2477

Janaina 24 9964 3447

Ajudem!!! Adotem!!! Ter uma gatinho é a coisa mais compensadora do mundo!!

Muito Obrigada
Um abraço
Priscila Mesiano

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Gatos e Toxoplasmose - Verdades e Mentiras


 

Verdades e mentiras sobre a Toxoplasmose

Muito se tem falado sobre a Toxoplasmose e seus perigos, mas esta preocupação – por vezes cheia de preconceitos e desinformação – atinge um dos melhores amigos do homem: o gato!Será mesmo este felino o verdadeiro culpado pela disseminação da doença? Devemos nos abster da sua amigável companhia? Leia o texto abaixo e tire as suas próprias conclusões.
O que é Toxoplasmose? Toxoplasmose é uma zoonose - doença transmitida ao homem pelos animais - de características muito variáveis e ampla distribuição geográfica, sendo encontrada em todos os continentes dos mais variados climas.
Qual o agente causador da Toxoplasmose? A Toxoplasmose é classificada como protozoose – doença causada por protozoário - o Toxoplasma gondii.
Por que a Toxoplamose é também conhecida como Doença do Gato? Porque o protozoário Toxoplasma gondii completa o seu ciclo biológico somente na família “Felidae” – família da qual o gato é um dos integrantes. Em outras palavras, é somente nos felinos que o protozoário Toxoplasma gondii produz os seus ovos.
Como se processa este ciclo biológico? O ciclo biológico do Toxoplasma gondii é dividido em dois tipos:
Ciclo intestinal (ocorre somente nos felinos)– o felino ingere carne de animais infectados pelo Toxoplasma gondii. No organismo do felino o cisto tissular infectante reproduz-se sexuadamente formando os ovos chamados oocistos e que são eliminados através das fezes. Por volta de 1 a 5 dias – em ambiente propício com temperatura e umidade ideais - estes oocistos sofrem esporulação dando origem aos espozoitos, tornando-se infectantes e sendo disseminados pelo ar, água ou pelos insetos (a barata é a mais importante). O gato infectado elimina os oocistos por um período de 15 a 20 dias, tempo que leva para formar anticorpos contra o Toxaplasma gondii, controlar a enfermidade e interromper a eliminação de oocistos. Por este motivo o gato só oferece perigo de transmitir a Toxoplasmose durante esta fase de eliminação, pois fora deste período o gato não transmite a doença.
Ciclo extra-intestinal (ocorre em todos os animais) – Os oocistos maduros são ingeridos por outros animais e passa do intestino para o sangue e desta maneira pode se alojar em qualquer tecido do organismo: músculos, olhos, tecido nervoso, gânglios, fígado, etc. Uma vez nestes órgãos, se reproduz assexuadamente originando uma estrutura denominada cisto tissular e posteriormente os zoitos que provocam uma reação inflamatória e imunológica com a formação de anticorpos que limitam o crescimento do cisto. Desta forma, o cisto permanece em forma latente durante toda a sua vida no hospedeiro. Alterações clínicas só serão observadas caso haja uma queda de imunidade do hospedeiro que proporcionará uma reprodução ativa do parasita e conseqüentemente sintomas clínicos.
Como é transmitida a Toxoplasmose? O modo mais comum de transmissão da Toxoplasmose é a ingestão de alimentos contaminados, principalmente carnes cruas e mal cozidas.
Existem outras formas de transmissão? Sim, por meio de insetos (principalmente a barata), através da placenta durante a gravidez, consumo de leite em natura (cabra e vaca), ingestão de carne crua ou mal cozida (pombos, suínos, bovinos, ovinos, eqüinos), ingestão de frutas e legumes contaminados, ingestão de água contaminada em lugares onde não há saneamento básico, manipulação de areias e terras contaminadas com fezes de animais doentes.
E o gato? Os gatos têm o hábito de limpar-se, não deixando restos de fezes pela pelagem, e enterram seus excrementos. A possibilidade de contaminação dos seus proprietários é mínima ou inexistente. Acariciar um gato o tê-lo como animal de companhia não representa perigo. Mordidas ou aranhões do gato também não transmitem Toxoplasmose. Para que o dono do gato se contaminasse seria necessário que o gato estivesse infectado pelo Toxoplasma gondii, no período de eliminação de oocistos e que o proprietário manipulasse as fezes secas do animal, pois as fezes úmidas não transmitem a doença a não ser que sejam ingeridas... O que é altamente improvável que aconteça!Como posso saber se tenho Toxoplasmose? A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar desapercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. Entretanto, quando o paciente tem as defesas imunológicas diminuídas por qualquer razão os sintomas e a doença podem se manifestar. A Toxoplasmose pode ser facilmente confundida com um resfriado ou gripe comum. Os sintomas mais freqüentes são: Doença febril - febre e manchas pelo corpo como sarampo ou rubéola; podem haver sintomas localizados nos pulmões, coração, fígado ou sistema nervoso. A evolução dos sintomas tem curso benigno, isto é, autolimitado. Linfadenite - são as famosas ínguas pelo corpo, mais localizadas na região do pescoço e raras vezes disseminadas. Doença ocular - é a doença mais comum no paciente com boa imunidade, inicia com dificuldade para enxergar, inflamação, podendo até terminar em cegueira. Esses sintomas podem persistir de alguns dias a algumas semanas e a única forma de se obter um diagnóstico definitivo é o exame de sangue. Atualmente, a metodologia mais utilizada para o diagnóstico da Toxoplasmose consiste na pesquisa de anticorpos das classes IgM e IgG, a fim de que se possa estabelecer a fase de infecção, embora já esteja sendo usado a detecção de IgA como indicador de fase aguda. Diversas técnicas sorológicas têm sido empregadas no diagnóstico da Toxoplasmose com grande eficiência e rapidez como podemos citar a técnica de Sabin-Feldman, a Imunofluorescência Indireta (IFI), a Hemaglutinação (HA), a Fixação de Complemento (FC), a Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA) e a Immunosorbent Agglutination Assay (ISAGA).
Como posso saber se o meu gato tem Toxoplasmose? A Toxoplasmose intestinal pode ser diagnosticada pela análise do material fecal e de sangue. Em lugares de alto risco, como gatils, refúgios de gatos, gatos de vida livre, etc, é importante que este controle sejam feitos periodicamente entre duas a três vezes por ano. A Toxoplasmose extra-intestinal é diagnosticada por análises serológicas seriadas, onde se detecta os anticorpos contra o parasita, que geralmente estão muito alto. Este procedimento deve ser repetido num intervalo entre 2 a 3 semanas para não confundirmos os anticorpos produzidos por uma antiga infecção já superada. Outros métodos complementares como a radiografia de tórax, fundo de olho, a citologia dos líquidos corporais são utilizados também para ajudar no diagnóstico. Não esquecer que todo gato suspeito de ter Toxoplasmose deve ser diagnosticado também pra Leucemia e Imunodeficiência viral felina.
A Toxoplasmose tem tratamento? Sim, ela pode ser tratada. Se você desenvolver a Toxoplasmose terá de ser medicado para o resto da vida para que a doença não volte a se manifestar. Seu médico poderá prescrever um antibiótico para tratar esta infecção, mas lembre-se os medicamentos não matam o agente da Toxoplasmose, apenas o mantém sob controle. Em casos muito leves, porém, o médico poderá não recomendar nenhum tratamento. As defesas imunológicas da pessoa normal podem deixar este parasita “inerte” no corpo (sem causar dano algum) por tempo indeterminado. Em uma pessoa sadia os sintomas desaparecerão normalmente em poucas semanas pois a maioria das pessoas não desenvolve a doença, criando anti-corpos contra ela.
O que posso fazer para prevenir a Toxoplasmose? Para humanos: Cozinhar a carne completamente. Após ter manuseado carne crua, lavar bem as mãos, toda a superfície que entrou em contato com o alimento e todos os utensílios utilizados. Lavar muito bem as frutas e os vegetais antes de ingeri-los. Evitar leite cru, não pasteurizado, seja de vaca ou de cabra. Usar luvas ao trabalhar no jardim. Limpar a caixa de areia do gato (use luvas ao trocar a caixa de areia).trocar a areia diariamente. Combater os insetos principalmente as baratas. Para gatos: Dar ao gato somente ração industrializada específicas para o animal. Somente dar carne bem cozida ou que tem sido congelada. Evitar que o gato cace baratas e ratos, pois eles são uma poderosa fonte de infecção.

Dicas de Saúde Animal

Saúde animal

Escovação diária dos dentes de cães e gatos previne doenças
17 de janeiro de 2011

Com escova e pasta apropriadas aos bichos, os dentes do cão devem ser limpos diariamente para evitar tártaro. (Foto: José Leomar)
Noventa por cento dos cães e gatos adultos apresentam um ou mais dentes com doença periodontal. O alerta é feito pela veterinária odontóloga Maria Míriam Cavalcante Marinho. Ela aponta que o mais grave nesta doença é o ataque silencioso: as bactérias da boca invadem órgãos vitais causando a morte súbita do animal, após provocar males como endocardite bacteriana (inflamação da membrana do coração), insuficiência renal, hepatite, inflamação no fígado, meningite, artrites e febres idiopáticas. Por tudo isto, não tem dúvida, a saúde do animal realmente começa na boca. Infelizmente, a maioria dos tutores não tem o hábito da escovação diária dos dentes de seus animais. Assim como nos seres humanos, a simples prática livra o animal de muita doença.
Maria Míriam é fundadora e membro, desde 2001, da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária, uma área recente mas que mostra a sua importância cada vez mais na criação de animais domésticos. Para mostrar como a falta de saúde bucal nos bichos agrava o quadro geral, ela aponta que de dez casos de doenças renais, nove também apresentam doença periodontal. Entre os animais cardíacos, 90% têm origem na falta de saúde na boca. Entre os cães de raças pequenas, como Poodle, Yorkshire, Pinscher, Chihuahua, a tendência para males bucais é maior, porque eles possuem muito dentes numa arcada pequena. Daí o cuidado precisar ser redobrado.
“A doença periodontal lesa as estruturas que seguram os dentes na boca, que são a gengiva, o ligamento periodontal e o osso alveolar”, explica Maria Míriam, mostrando que os principais sintomas são o mau hálito (halitose), dentes escuros, salivação excessiva (o animal fica babando com frequência), e a mobilidade dentária (dentes moles). A principal causa é o acúmulo de tártaro, decorrente da falta de escovação diária. “Tem que escovar os dentes do cão e do gato uma vez por dia com escova e pastas apropriadas para os animais”, orienta a veterinária, única no Estado do Ceará que também tem a formação em Odontologia para animais.
A placa bacteriana é uma película pegajosa e incolor, constituída de bactérias e açúcares que se forma sobre os dentes. É a principal causa de cáries e gengivite. Se não for removida diariamente, endurece e forma o tártaro.
A escovação impede o processo de acúmulo de tártaro, com restos de matéria orgânica (alimento) e sais minerais. A primeira etapa da doença periodontal é a gengivite.
“O tártaro causa a inflamação da gengiva e invade o ligamento periodontal que segura o dente ao osso alveolar. O dente vai ficando mole e pode chegar a uma etapa irreversível”, adverte Maria Míriam. Para acostumar os animais a aceitarem a escovação diária, a veterinária recomenda criar o hábito enquanto eles são filhotes. O gato apresenta mais resistência. Mesmo assim, aceita melhor quando começa já nos primeiros meses. No felino, os sintomas da doença periodontal são dificuldade para se alimentar, salivação, mudança brusca de comportamento, uma vez que é mais sensível para a dor, emagrecimento progressivo e aftas na boca.
Como prevenção, estão a visita a um médico veterinário especializado em Odontologia, pelo menos, uma vez por semestre; escovação diária com pasta e escova apropriados uma vez ao dia em casa; e alimentação à base de ração balanceada, ossinhos e biscoitos próprios para animais. Infelizmente, a maioria dos tutores não tem o hábito de levar os animais para o exame dentário semestral. Durante este exame, são avaliados a cavidade oral e o comprometimento da raiz dos dentes por meio de raio X, se tem abscessos, perda óssea, entre outros aspectos.
Isto permite chegar a um diagnóstico e definir o tratamento, que varia conforme o grau da enfermidade. “Para cada caso, é implantado um programa de saúde bucal que deve ser seguido pelo resto da vida do animal”, afirma Maria Míriam.
Com informações de Diário do Nordeste

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eu quero ser uma pessoa melhor todos os dias...



Naluie - A Gatinha de Aura Rosada...






De que vale a vida...

O Rei de Quase-Tudo tinha quase tudo. Tinha terras, exércitos e tinha muito ouro...
Mas o rei não estava satisfeito com o quase tudo.
Ele queria TUDO.
Queria todas as terras, queria todos os exércitos, e todo o ouro que ainda houvesse.
Assim... mandou os seus soldados à procura de TUDO.
E mais terras foram conquistadas... Outros exércitos foram dominados...
Nos seus cofres já não cabia tanto ouro. Mas o rei ainda não tinha TUDO.
Continuava o Rei de Quase-Tudo.
Por isso ele quis mais. Quis as flores, os frutos e os pássaros.
Quis as estrelas e quis o Sol.
Flores, frutos e pássaros lhe foram trazidos.
Estrelas foram aprisionadas e o Sol perdeu a liberdade.
Mas o rei ainda não tinha TUDO.
Porque tendo as flores, não lhes podia prender a beleza e o perfume.
Tendo os frutos, não lhes podia prender o sabor.
Tendo os pássaros, não lhes podia prender o cantar.
Tendo as estrelas, não lhes podia prender o brilho.
E tendo o Sol, não lhe podia prender a luz.
O Rei ainda era o Rei de Quase-Tudo. E ficou triste.
Na sua tristeza saiu a caminhar pelos seus reinos.
Mas os reinos eram agora muito feios.
As flores e os frutos tinham sido colhidos.
A noite não tinha estrelas e o dia não tinha Sol.
E triste como ele, eram os seus súbditos.
Então o Rei de Quase-Tudo não quis mais nada.
Mandou que devolvessem as flores aos campos e que entregassem as terras conquistadas.
Mandou que plantassem árvores para que dessem
frutos e que soltassem os pássaros.
Mandou que distribuissem as estrelas pelo céu e
 que libertassem o Sol.
E o Rei ficou feliz.
Na sua imensa alegria sentiu a paz. E sentindo paz, o rei viu que não era mais o Rei de Quase-Tudo.
Ele agora tinha TUDO.
                                                               (Eliardo França)

"A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida."
                                                             Fernando Pessoa