quinta-feira, 27 de junho de 2013
sábado, 22 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
O GATO E O ESCURO - UM CONTO DE MIA COUTO
O GATO E O ESCURO (MIA COUTO)
O autor deste conto chama-se Antônio Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto. Sabem por quê? Por sua adoração pelos gatos... Simples assim!
![]() |
(Pintura de Jean-Paul Avisse) |
- Nunca atravesse a luz para o lado de lá.
Essa era a aflição dela, que o seu menino passasse além do pôr de algum Sol. O filho dizia que sim, acenava consentindo. Mas fingia obediência. Porque o Pintalgato chegava ao poente e espreitava o lado de lá. Namoriscando o proibido, seus olhos pirilampiscavam.
Certa vez, inspirou coragem e passou uma perna para o lado de lá, onde a noite se enrosca a dormir. Foi ganhando mais confiança e, de cada vez, se adentrou um bocadinho. Até que a metade completa dele já passara a fronteira, para além do limite. Quando regressava de sua desobediência, olhou as patas dianteiras e se assustou. Estavam pretas, mais que breu. Escondeu-se num canto, mais enrolado que o pangolim. Não queria ser visto em flagrante escuridão. Mesmo assim, no dia seguinte, ele insistiu na brincadeira. E passou mesmo todo inteiro para o lado de além da claridade.
À medida que avançava seu coração tiquetaqueava. Temia o castigo. Fechou os olhos e andou assim, sobrancelhado, noite adentro. Andou, andou, atravessando a imensa noitidão. Só quando desaguou na outra margem do tempo ele ousou despersianar os olhos. Olhou o corpo e viu que já nem a si se via. Que aconteceu? Virara cego? Por que razão o mundo se embrulhava num pano preto?
Chorou.
Chorou.
E chorou.
Pensava que nunca mais regressaria ao seu original formato.
Foi então que ouviu uma voz dizendo:
- Não chore, gatinho.
- Quem é?
- Sou eu, o escuro. Eu é que devia chorar porque olho tudo e não vejo nada.
Sim, o escuro, coitado. Que vida a dele, sempre afastado da luz!
Não era de sentir pena? Por exemplo, ele se entristecia de não enxergar os lindos olhos do bichano. Nem os seus mesmo ele distinguia, olhos pretos em corpo negro. Nada, nem a cauda nem o arco tenso das costas. Nada sobrava de sua anterior gateza. E o escuro, triste, desabou em lágrimas. Estava-se naquele desfile de queixas quando se aproximou uma grande gata. Er a mãe do gato desobediente. O gatinho Pintalgato se arredou, receoso que a mãe lhe trouxesse um castigo. Mas a mãe estava ocupada em consolar o escuro. E lhe disse:
- Pois eu dou licença a teus olhos: fiquem verdes, tão verdes que amarelos.
E os olhos do escuro de amarelaram. E se viram escorrer, enxofrinhas, duas lagriminhas amarelas em fundo preto. O escuro ainda chorava:
- Sou feio. Não há quem goste de mim.
- Mentira, você é lindo. Tanto como os outros.
- Então porque não figuro nem no arco-íris?
- Você figura no meu arco-íris.
- Os meninos têm medo de mim. Todos têm medo do escuro.
- Os meninos não sabem que o escuro só existe é dentro de nós.
- Não entendo, Dona Gata.
- Dentro de cada um há o seu escuro. E nesse escuro só mora quem lá inventamos. Agora me entende?
- Não estou claro, Dona Gata.
- Não é você que me te medo. Somos nós que enchemos o escuro com nosso medos.
A mãe gata sorriu bondades, ronronou ternuras, esfregou carinho no corpo do escuro. E foram carícias que ela lhe dedicou, muitas e tantas que o escuro adormeceu. Quando despertou viu que as suas costas estavam das cores todas da luz. Metade do seu corpo brilhava, arco-iriscando. Afinal? O espanto ainda o abraçava quando escutou a voz da gata grande:
- Você quer ser meu filho?
O escuro se encolheu, ataratonto.
Filho?
Mas ele nem chegava a ser coisa alguma, nem sequer antecoisa.
- Como posso ser seu filho se eu nem sou gato?
- E quem lhe disse que não é?
E o escuro sacudiu o corpo e sentiu a cauda, serpenteando o espaço. Esticou a perna e viu brilhar as unhas, disparadas como repentinas lâminas. O Pintalgato até se arrepiou, vendo um irmão tão recente.
- Mas, mãe: sou irmão disso aí?
- Duvida, Pintalgatito? Pois vou-lhe provar que sou mãe dos dois. Olhe bem para os meus olhos e verá.
Pintalgato fitou o fundo dos olhos da sua mãe, como se se debruçasse num poço escuro. De rompante, quase se derrubou, lhe surgiu como que um relâmpago atravessando a noite. Pintalgato acordou, todo estremolhado, e viu que, afinal, tudo tinha sido um sonho. Chamou pela mãe. Ela se aproximou e ele notou seus olhos, viu uma estranheza nunca antes reparada. Quando olhava o escuro, a mãe ficava com os olhos pretos. Pareciam encheram de escuro. Como se engravidassem de breu, a abarrotar de pupilas. Ante a luz, porém, seus olhos todos se amarelavam, claros e luminosos, salvo uma estreitinha fenda preta. Então, o gatinho Pintalgato espreitou nessa fenda escura como se vislumbrasse o abismo. Por detrás dessa fenda o que é que ele viu? Adivinham?
Pois ele viu um gato preto, enroscado do outro lado do mundo."
(Mia Couto - "O Gato e o Escuro")
domingo, 9 de junho de 2013
Fique Atento!!! Não compre pacotes de ração com furos ou cortes na embalagem!!!
Fique atento às embalagens das rações que você compra para os seus animais!!! Pequenos furos ou cortes na embalagem, levam o produto à oxidação, causando diminuição do valor nutricional, produção de radicais livres, rancificação, além de proliferação de fungos e bactérias que podem fazer muito mal ao seu animalzinho levando até a morte.
Não esqueça!!! Verifique se o saco tem ar lá dentro, tem que parecer uma almofada de ar ao apertá-lo. Leve somente se tiver esta carcterística. E atenção! Se o saco estiver "chapado" sem ar nenhum, com furos ou pequenos cortes..NÃO LEVE!!!! PODE SER QUE A RAÇÃO ESTEJA CONTAMINADA!!!!
Não permita essa fraude!
Avalie bem a embalagem, se caso encontre furos em vários pacotes, não compre! chame o gerente, fotografe,denuncie à Vigilância Sanitária.
Telefones: 1746 Ouvidoria - Prefeitura RJ
0800 642 9782 - Anvisa
Não se cale!!! Denuncie!!!!!
sexta-feira, 7 de junho de 2013
QUATRO PATINHAS E PESCADEIRO.COM

Comprando no Pescadeiro (www.pescadeiro.com) e escolhendo a ong Associação Quatro Patinhas, você doa 2% da sua compra para ajudar nossos amiguinhos resgatados.
Vai comprar algo pela internet? Pesquise antes no pescadeiro!
Como incentivar seu gato a beber mais água
Ninguém sabe
exatamente porque os gatos são tão exigentes com a água de beber. Na natureza,
os gatos geralmente bebem apenas água em movimento, o que ajuda a prevenir
doenças. Portanto, pode ser que haja uma aversão instintiva à água parada.
Também é possível que seu gato tenha aprendido que a água da chuva ou da
torneira é mais fria.
Outra
possibilidade é que talvez, para os gatos, a água seja apenas um brinquedo com
o benefício adicional de matar a sede. É importante prestar atenção para ver se
seu gato está ou não bebendo água do potinho. Os gatos às vezes não bebem a
quantidade de água que deveriam beber. Isso pode gerar problemas renais graves.
Caso ele não esteja bebendo, é essencial oferecer alternativas.
Mas porque isso
acontece? Simples, porque gatos gostam de água fresca e eles podem rejeitar
aquela água, que está ali na tigela desde ontem. A água que fica parada no
tigela do gato ao longo do dia sofrer alteração na sua temperatura, oxigenação
e sabor.
Você deve trocar
a água do bichano todos os dias ou pode espalhar vasilhas em vários locais.
Pode deixar eventualmente um fio de água para o seu gato brincar e se hidratar
na torneira é uma ótima saída! Esse fio de água é fresco e agrada o bichano.
Deixe por alguns minutos somente, para não desperdiçar água.
A água fresca e
a água corrente em geral é mais fria do que a água que fica parada, e os gatos
parecem apreciar isso. Você pode colocar algumas pedras de gelo no recipiente
de água do seu gato, isso irá atrair a atenção dele. Também não se esqueça de
manter limpo o potinho de água do seu gato. Lembre-se, gatos são exigentes
quanto à limpeza e higiene, se o pote estiver sujo, ele não irá beber água.
E por fim, os
gatos podem simplesmente não gostar do cheiro do pote. Gatos tem o olfato
bastante desenvolvido e podem sentir cheiros que não sentimos. Por isso, o pote
pode estar limpíssimo, mas se o gato não gostar dele, não vai beber água. E
neste caso, troque o potinho por um pote de outro material (cerâmica ou inox
por exemplo).
Uma ideia é
colocar a água num copo de vidro. Separe um copinho de vidro para seu gato,
eles adoram um copo beber em copo de vidro, mas somente com a sua supervisão
para não causar acidentes!!!
Lembre-se que o
gato vai buscar sempre (por instinto natural) água corrente. Ele pode querer
beber água do box, da pia e também da privada. Por isso, deixe sempre fechada a
tampa da privada, para que ele não beba água de lá. E deve-se ter outro cuidado
com a tampa da privada, que pode cair sobre o gato, ferindo ele ou até
prendendo ele dentro do vaso. E ninguém quer que isso aconteça né? Se não tiver
jeito de deixar a tampa do vaso fechada, amarre a tampa do vaso com um cordão
para que ela não caia de repente em cima do seu filhote.
Há alguns meios
de incentivar os gatos a consumir mais água, como por meio dos potes, das
fontes de água e, em alguns casos, por meio das torneiras. Dentre esses, a
fonte de água se destaca porque causa um estímulo não apenas visual – de água
corrente -, como também auditiva – de relaxamento. De qualquer forma, é muito
importante que seu gato mantenha-se adequadamente hidratado. Apresentamos aqui
algumas dicas para você estimulá-lo a beber água em seu bebedouro:
Troque o
bebedouro de lugar. Seu gato pode não gostar de ter água e alimento dispostos
lado a lado. Experimente colocar a vasilha de água distante do comedouro.
Mude a
temperatura. Se você acha que seu gato não gosta da temperatura da água,
experimente colocar algumas pedrinhas de gelo na vasilha.
Mude a vasilha
de água. Cada tipo de vasilha dará um sabor diferente à água. Se o seu gato usa
uma vasilha de plástico, experimente uma de metal, cerâmica ou vidro. Caso seu
gato seja daqueles que emborcam a vasilha de água, experimente trocar o
bebedouro por uma tigela mais larga com base de borracha.
Experimente um
bebedouro-fonte para gatos. Existem no mercado bebedouros-fonte que fazem a
água circular constantemente e outros que são ativados pela aproximação do
gato. Uma fonte deste tipo precisará de energia elétrica, portanto, na hora de
instalá-lo, não deixe de pensar na distância até a tomada mais próxima.
Dermatofitose: micoses superficiais em gatos

São as doenças de
pele mais comum nos felinos. Causadas por fungos que invadem as camadas córneas
da pele e alimentam-se de tecidos queratinizados da pele, pelos e unhas.
O agente
causador mais frequentemente encontrado no gato é o Microsporum canis,
mas também podem ser isolados o Trichophyton mentagrophytes e o
Microsporum gypseum. Animais de qualquer idade podem desenvolver a
doença.
O
Microsporum não faz parte da flora normal da pele do gato, portanto uma
vez encontrado no animal, significa que o gato está com a doença ativa ou na
forma de portador. Mesmo um gato somente no estado de portador já é capaz de
contaminar outros animais e o ambiente, por isso a necessidade de tratamento em
ambas as formas.
Os gatos se
contaminam em contato com animais doentes ou portadores ou em ambiente
contaminado. É muito importante atentar-se para utensílios utilizados em pet
shops como pentes, escovas, rasqueadeiras e toalhas, pois esta é uma forma muito
comum de contaminação.
Entretanto, nem
todo gato em contato com o agente irá desenvolver a doença, devido a diversos
fatores entre eles:
O próprio ato de se higienizar do gato o protege do agente, porque ele
remove mecanicamente os esporos do fungo dos pelos e isso explica o porque dos
gatos de pelos longos apresentarem a doença com maior frequência que os animais
de pelo curto, pois aqueles não conseguem se higienizar tão bem quanto estes.
Curiosamente os filhotes apresentam a doença logo após o desmame, onde a gata
diminui a frequência de higienização dos filhotes.
Escoriações,
feridas e inclusive microtraumas por picadas de pulgas também podem
facilitar a penetração do agente na pele dos gatos mas o fungo tem uma
dificuldade maior para se desenvolver em pele inflamada.
Banhos
também pré dispõem o gato a desenvolver micose, pois removem as barreiras
naturais da pele deixam a pele mais úmida que, aliada a temperatura corpórea do
gato, cria ambiente propício ao crescimento do agente além de provocar estresse
nesses animais o que leva a imunossupressão e queda na resposta imune, fator de
extrema importância na proteção contra dermatofitose.

Os sinais
clínicos são variáveis; Geralmente as lesões são descamativas e circulares
com pelos quebradiços, podendo ou não haver prurido e inflamação. As lesões
podem ser localizadas ou generalizadas.
O Diagnóstico baseia-se no histórico clinico, observação direta das lesões e realização de exames específicos.
O
tratamento somente deverá ser prescrito unicamente pelo
médico veterinário, pois existem tratamentos diferentes para cada caso.
Antifúngicos por via oral podem ser necessários por até 6 Meses
dependendo do grau da infecção e podem levar a sérios problemas hepáticos
devendo portanto ser acompanhado pelo veterinário e realizados exames de sangue
periódicos.
Somente
banhos ou pomadas podem não ser suficientes e, no caso de banhos, piorar as
lesões.
Apesar de animais saudáveis apresentarem remissão espontânea da doença o tratamento, em diferentes graus, sempre deve ser instituído devido a alta contagiosidade de doença.
As informações contidas
neste artigo são apenas para esclarecimento do proprietário não substituindo de
modo algum o exame clínico veterinário.
Por: Dra Vanessa
Zimbres
CRMV/SP 19.672
CRMV/SP 19.672
Proteja o seu animal! “Prevenir é o melhor remédio”.

A Medicina Preventiva é a melhor forma de aumentar a qualidade e tempo de vida do seu animal.
Um check-up é um exame clínico geral para avaliação do estado de saúde e para o rastreio de eventuais doenças ainda não manifestadas.
Muitas vezes ouvimos a frase: “O meu animal não precisa de um check-up, tem sido sempre saudável”. No entanto, um exame veterinário semestral é a chave para um animal saudável e duradouro.
É no exame clínico e laboratorial que o Médico Veterinário vai encontrar sinais precoces de doenças graves que podem afectar o seu animal no futuro. Estas alterações podem ser corrigidas ou evitadas se forem desde cedo detectadas.
Sem um check-up regular algumas doenças são diagnosticadas já num estado avançado, sendo muitas vezes impossíveis de tratar.
A realização de um check-up também é importante porque permite a obtenção de valores actuais normais que podem ser comparados com análises futuras e ajudar no diagnóstico de doenças posteriores.
Quais as patologias mais frequentemente diagnosticadas em Check up no gato e que passam despercebidas aos proprietários?
- Cistite (Inflamação da bexiga)
- Hipertiroidismo
- Insuficiência Renal Crónica
- Diabetes
- FIV / Felv
- Obesidade
- Doença periodontal
- Tumores mamários
- Otite
- Cancro
- Artrite
Todos os cães e
gatos devem ser vistos pelo seu Médico Veterinário duas vezes por ano, uma para
a vacinação e outra para a realização de um check-up completo.
Se pensarmos bem, um check-up completo anual num gato não é muito. Já imaginou uma pessoa adulta ou idosa ir ao médico apenas uma vez a cada 5/7 anos?! São considerados gatos adultos aqueles com idade entre 10 meses a 9 anos.
Se o seu gato é adulto dirija-se ao veterinário para fazer um check-up adulto que inclui:
A higiene bucal e a retirada de tártaro também é recomendável para prolongar a vida de cães e gatos.
Os gatos domésticos não gostam de se afastar de casa. Por isto, pode ser conveniente chamar o veterinário em sua casa, especialmente se você tem mais gatos para serem atendidos, mas lembre-se que a consulta domiciliar costuma sair bem mais cara, além do profissional contar com uma melhor aparelhagem em seu consultório.
Um gato de oito anos está entrando na velhice pois a idade equivale a de um humano de 60 anos.
Sintomas de possíveis doenças:
Caso o seu gato apresente um dos sintomas abaixo, leve-o imediatamente para o veterinário.
Acidentes - Um método bom de socorro é enrolar o gato delicadamente em um cobertor para fazer o transporte até o veterinário mais próximo. Se a ferida for grave, tente antes estancar o sangramento pressionando a ferida com bandagem.
Envenenamento - Se o seu gato ingeriu algum tipo de material venenoso como o pigmento de pintura, insetos peçonhentos, chumbinho, pesticidas e etc., leve-o imediatamente ao veterinário para iniciar o tratamento.
Insolação - Leve o gato para um lugar fresco e dê a ele pequenas quantidades de água, devagar e pausadamente.
Estado de choque - Geralmente acompanha um machucado grave e baixa temperatura corporal e pulsação e respiração fracos.
Cubra o animal para mantê-lo aquecido e leve-o para o veterinário
Fraturas - Coloque cuidadosamente o seu gato em uma tala, em seguisa leve-o para o veterinário. Geralmente o osso quebrado é o da perna e um pequeno pedaço de madeira firme será suficiente para manter a região da fratura firme até ser atendido por um especialista.
Se pensarmos bem, um check-up completo anual num gato não é muito. Já imaginou uma pessoa adulta ou idosa ir ao médico apenas uma vez a cada 5/7 anos?! São considerados gatos adultos aqueles com idade entre 10 meses a 9 anos.
Se o seu gato é adulto dirija-se ao veterinário para fazer um check-up adulto que inclui:
- Consulta
- Exame físico completo
- Orientação nutricional
- Orientação comportamental
- Exame otológico
- Exame oftalmológico
- Exame dentário
- Análises laboratoriais: hemograma, bioquímica básica e tira de urina
- Medição da pressão arterial.
A escolha do
veterinário deve ser cuidadosa pois dele dependerá a saúde e bem-estar do seu
gato. O veterinário também estará apto a realizar cirurgias, aplicar vacinas,
tirar radiografias, receitar medicamentos e outros cuidados
importantes.
É importante levar
seu gato para exames periódicos. Consulte o seu profissional quanto a frequência
com que você deve levar o animal ao consultório. A higiene bucal e a retirada de tártaro também é recomendável para prolongar a vida de cães e gatos.
Os gatos domésticos não gostam de se afastar de casa. Por isto, pode ser conveniente chamar o veterinário em sua casa, especialmente se você tem mais gatos para serem atendidos, mas lembre-se que a consulta domiciliar costuma sair bem mais cara, além do profissional contar com uma melhor aparelhagem em seu consultório.
Um gato de oito anos está entrando na velhice pois a idade equivale a de um humano de 60 anos.
Sintomas de possíveis doenças:
Caso o seu gato apresente um dos sintomas abaixo, leve-o imediatamente para o veterinário.
- Perda de apetite por dois ou três dias
- Pelagem opaca e manchada ou com pelagem rala ou falha
- Diarreia prolongada
- Áreas do corpo com caroços ou inchaços.
- Tosse e espirros frequentes
- Vômitos frequentes
- Olhos vermelhos e lacrimejantes
Acidentes - Um método bom de socorro é enrolar o gato delicadamente em um cobertor para fazer o transporte até o veterinário mais próximo. Se a ferida for grave, tente antes estancar o sangramento pressionando a ferida com bandagem.
Envenenamento - Se o seu gato ingeriu algum tipo de material venenoso como o pigmento de pintura, insetos peçonhentos, chumbinho, pesticidas e etc., leve-o imediatamente ao veterinário para iniciar o tratamento.
Insolação - Leve o gato para um lugar fresco e dê a ele pequenas quantidades de água, devagar e pausadamente.
Estado de choque - Geralmente acompanha um machucado grave e baixa temperatura corporal e pulsação e respiração fracos.
Cubra o animal para mantê-lo aquecido e leve-o para o veterinário
Fraturas - Coloque cuidadosamente o seu gato em uma tala, em seguisa leve-o para o veterinário. Geralmente o osso quebrado é o da perna e um pequeno pedaço de madeira firme será suficiente para manter a região da fratura firme até ser atendido por um especialista.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
PRIMEIROS SOCORROS - INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO
Gatos, principalmente, são curiosos por natureza, SÃO ETERNOS BEBÊS, afinal estão sempre descobrindo e aprendendo um novo mundo e muitas vezes acabam experimentando o que não devem. Quais cuidados tomar se o seu gato ou cãozinho consumir produtos de limpeza, venenos, plantas e flores, indevidamente - Os primeiros sintomas são excesso de salivação, vômitos, tremores e diarreias, fique atento. Para a ingestão de produtos não abrasivos como plantas, flores e venenos, o ideal é induzir ao vômito, e existem duas receitas caseiras:
- água oxigenada 10 volumes, com o auxílio de uma
seringa, introduza uma medida no canto da boca do animal, mantendo a cabeça
elevada;
- salmora caseira ( água morna e filtrada com
bastante sal ), também com o auxílio de uma seringa, introduza uma medida no canto
da boca do animal, mantendo a cabeça elevada;
Ambas as soluções são para provocar a contração
do estômago, forçando o animal a vomitar e assim ele expulsa o produto ingerido.
O ideal é que esse procedimento seja realizado em até 2 horas após a ingestão do
produto e levá-lo ao veterinário o quanto antes.
Para ingestão de produtos abrasivos, como produtos de limpeza, o vômito não pode ser induzido, o que deve ser feito é dar clara de ovos, elas formam uma película que protege toda a mucosa, dando tempo do veterinário socorrer o animal.
Para ingestão de produtos abrasivos, como produtos de limpeza, o vômito não pode ser induzido, o que deve ser feito é dar clara de ovos, elas formam uma película que protege toda a mucosa, dando tempo do veterinário socorrer o animal.
Todo responsável pelo pet deve ter uma caixinha
de primeiros socorros para emergências com os animais, um produto indispensável
é o carvão ativado, ele gruda as toxinas e ajuda na eliminação através das
fezes. Portanto, recapitulando:
** Substâncias abrasivas (produtos de limpeza/tóxicos): clara de ovos (cru), uma
dose de carvão ativado e vá o mais breve ao veterinário.
** Substâncias não abrasivas (plantas/flores): quando ingeridos até
no máximo em 2 horas, induzir ao vômito com água oxigenada 10 volumes ou salmora
caseira (água morna e bastante sal), uma dose de carvão ativado e vá o mais
breve ao veterinário.
Fonte: Dra. Elaine Pessuto
(UOL)
INTOXICAÇÃO FELINA -
O maior número de intoxicações em gatos estão
relacionadas ao fornecimento de paracetamol e ao uso de produtos para pulgas não
indicados para gatos! Muito cuidado também com plantas e alguns
alimentos.
As intoxicações em animais domésticos ocorrem
principalmente no ambiente doméstico. A maioria dos acidentes
com gatos ocorre pelo desconhecimento dos proprietários que
acabam colocando o animal em contato com produtos ou medicamentos tóxicos.
Os gatos são mais seletivos que os cães com sua
alimentação, além de recusarem alimentos que apresentem um odor que não lhes
agrade. Porém os gatos apresentam peculiaridades metabólicas
que podem favorecer um quadro de intoxicação quando comparados a outras espécies
animais, pois apresentam deficiência relativa na conjugação de substâncias (e os
medicamentos podem ficar mais tempo no organismo do gato) e apresentam maior
susceptibilidade a sofrer lesões oxidativas nos eritrócitos (causando anemias
hemolíticas). Além disso, possuem o hábito de lambedura, que
provoca a ingestão de produtos que estão na pele ou no pelo.
Alguns medicamentos intoxicam somente se forem
administrados em dose alta ou em espaço de tempo menor do que o indicado.
Enquanto outros, intoxicam com uma única e pequena dose.
Em gatos os principais sintomas se intoxicação
são apatia, dilatação ou contração das pupilas, convulsões ou outros sinais
neurológicos (incoordenação, mudança de comportamento, etc.), podendo ocorrer
também vômito e diarreia.
É importante levar o gato intoxicado ao
veterinário imediatamente e informar o máximo sobre: onde vive o animal, onde
fica a maior parte do dia, quem cuida e está mais tempo com ele, se o local onde
vive passou por reformas, pinturas, se costuma mexer no lixo, que produtos de
limpeza utiliza, se faz uso de inseticidas e quais, se o local sofreu
dedetização, etc.
MEDICAMENTOS HUMANOS QUE NUNCA DEVEM SER UTILIZADOS EM GATOS:
paracetamol (Tylenol), diclofenaco
(Cataflan), ibuprofeno (Alivium), fenazopiridina (Piridium), ácido mefenâmico
(Ponstan), Fleet Enema.
PRODUTOS
VETERINÁRIOS QUE NÃO DEVEM SER USADOS EM GATOS:
monosulfureto de tetraetiltiuran (em sprays para uso
tópico contra dermatites), benzocaína (em cremes de uso tópico para dermatites),
azul de metileno (no spray “azulão”), hexaclorofeno (em shampoos antissépticos),
carbamato (em remédios contra pulgas).
MEDICAMENTOS
QUE DEVEM SER USADOS COM CAUTELA:
anti inflamatórios não esteroidais em geral (cetoprofeno,
meloxican), ácido acetil salicílico (AAS, aspirina).
ALIMENTOS
QUE NÃO PODEM SER DADOS PARA GATOS: alho, cebola (é o pior de todos), chocolate (mesmo que não seja puro nem
cru).
OUTROS
PRODUTOS (evitar contato direto e
retirar os animais do local da aplicação): produtos de limpeza que contenham LYSOL (lisoform, pinho sol...), adubos,
agrotóxicos, produtos químicos (tinta, solventes, etc - o cheiro, principalmente), criolina e "diabo verde" são mortais p/humanos, imagine pra eles... , saponáceo, cera, lustra móveis e CLORO PURO (pode causar inflamações graves na área genital, olhos e boca). Utilize "água sanitária" bem diluída em água com detergente de coco (essa combinação limpa e desinfeta).
Ter gatos é como ter um bebê em casa engatinhando.. fuçando, xeretando e derrubando tudo.. portanto, use os mesmo produtos de limpeza que você usaria se tivesse um bebezinho.
Faça sempre esta pergunta: "Eu usaria este produto com um bebê que engatinha" - FICA A DICA!!!!!
PLANTAS TÓXICAS: ciclame, hera,
lírio da paz, jibóia prateada, cheflera, sagu de jardim, mamona (esta é mortal), amarílis,
espirradeira, folha de veludo, tulipas, azaléia, maconha, teixo, samambaia,
renda portuguesa, espada de São Jorge, comigo-ninguém-pode.
Nos casos de intoxicação por “chumbinho”, a ocorrência de morte é muito provável, já que o veneno age rapidamente e o veterinário muitas vezes não tem nada a fazer. Já quando se trata de envenenamento por produtos de limpeza encontrados em casa, o tratamento mais indicado geralmente é a lavagem gastrointestinal com cifão, sempre mantendo o animal hidratado e com os sinais vitais em boas condições.
“ O veterinário deve fazer o procedimento longe dos olhos do dono, que costuma se impressionar com a cena “, alerta Flório. No momento de inserir a sonda para fazer a lavagem, também é preciso muito cuidado para acertar o ponto exato.
As manifestações clínicas de intoxicação geralmente são: prostração, mau hálito ( no caso de ingestão de produtos de limpeza), dificuldade respiratória, dilatação das pupilas e náusea. Também pode haver câimbra, paralisia muscular, diarréia, salivação, bradicardia e ausência de reflexos.
Segue abaixo métodos de descontaminação mais indicados:
· Lavagem Gástrica – É realizada com uma sonda, geralmente via oral. O líquido utilizado é infundido e retirado aos poucos, até que retorne claro. Pode ser aconselhável administrar carvão ativado no fim da lavagem.
· Carvão Ativado – É considerado o tratamento universal das intoxicações, ainda mais em caso de socorro tardio. O carvão ativado absorve a substância tóxica, dificultando a absorção do veneno pelo sistema digestivo. O carvão deve ser administrado em intervalos de tempo regulares, de acordo com o tamanho do animal e a quantidade de substância tóxica ingerida.
· Outros tratamentos, com a neutralização (utilização de substâncias levemente ácidas para neutralizar substâncias cáusticas e alcalinas) e o uso de laxantes, caíram em desuso. A neutralização é contra-indicada por aumentar a temperatura local o que pode causar lesão nos tecidos. A utilização de catárticos e laxantes provoca a saída de água e eletrólitos, sem contudo aumentar muito a eliminação da substância tóxica.
Por esse motivo, a técnica não é mais utilizada hoje como antigamente.
Texto extraído do guia Gessulli. Escrito pela jornalista Carla Aranha
O DR JORGE CAMILO é doutor pela Escola de Medicina da USP e especialista em Intoxicação Animal
Dr Jorge Camilo Flório
Farmacêutico e Bioquímico
Meu gato parou de comer… E agora? Muita atenção aos primeiros sinais...
E agora é hora de saber que quando um gato para de comer, diferente do cão,
não podemos esperar 3 dias para ver se ele volta a comer sozinho e, então,
levá-lo ao veterinário. Isso porque o gato pode desenvolver a lipidose hepática,
ou doença do fígado gorduroso, quando fica muito tempo sem comer. E volto a
dizer que “muito tempo”, para o gato, é de 2 a 3 dias.
Esta doença é, na verdade, mais um sinal clínico (sintoma) que uma doença em si, visto que todas as doenças de gatos que levam à falta de apetite podem levar à lipidose hepática. E como quase todas as doenças que acometem os gatos levam à hiporexia (apetite diminuído) ou anorexia (falta de apetite), a lipidose pode acompanhar a maioria das doenças agravando-as.
Um gato com lipidose hepática, mesmo que ele “queira” comer, não consegue, pois o pouco que come vomita. Inicia-se um ciclo vicioso, pois a falta de alimento é a causa do problema, mas dar alimento leva à emese (vômito). Claro, o animal fica fraco, perde peso e vai a óbito.
Um gato com lipidose deve ser internado para ficar sob cuidados intensivos com fluidoterapia (soro) para tratamento da desidratação e medicamentos anti-eméticos, pois é de fundamental importância controlar o vômito para iniciar o quanto antes a principal parte do tratamento: alimentação forçada. Esta é realizada de forma gradativa com pequenas quantidades nos primeiros dias, aumentando e corrigindo as necessidades calóricas diária conforme o peso de cada animal. A alimentação é feita várias vezes ao dia, de hora em hora ou a cada meia hora (ou mais ou menos conforme cada caso) e será através de sonda ou, em casos menos graves, forçada na boca com uma seringa. Claro, outros medicamentos fazem-se importantes no tratamento (como antibióticos, reposição eletrólitos no soro, vitamina K, entre outros) e variam conforme o quadro clínico. Cabe ao médico veterinário fazer o protocolo ideal para seu paciente.
Descobrir o que levou o seu animal a desenvolver a lipidose hepática é muito importante, embora, nem sempre possível. É importante investigar outras doenças através de exames ou algum fator estressante como mudanças no seu ambiente ou na sua rotina (pessoas ou animais novos na casa, mudança de alimentação e, principalmente, viagens de seus donos). O stress é uma causa muito comum da lipidose. Na maioria das vezes, quando o dono do gato viaja, a pessoa que fica responsável pelo animal não percebe que este está comendo pouco. Muitas vezes, o gato vai até o potinho de comida e come alguma coisa. ISSO É MUITO IMPORTANTE: SÓ PORQUE O GATO É VISTO COMENDO NO SEU PRATINHO NÃO SIGNIFICA QUE ESTÁ COMENDO O SUFICIENTE!! Vários pacientes felinos, cujo dono dizia que o seu gato estava comendo, pouco, mas comia. A questão é que se seu gato está comendo cinco, seis ou dez grãos de ração por dia é o mesmo que “não estar comendo”, dadas as características fisiológicas de um gato. Ou seja, se a quantidade de alimento ingerido é muito pequena, o fígado pode desenvolver a lipidose, mobilizando as gorduras reservadas para suprir a falta de alimento. Outro fator que predispõe à doença é a obesidade.
Resumindo… É de extrema importância ter certeza que seu companheiro gato esteja comendo a quantidade que costuma comer. Observe a presença de fezes na caixa de areia, se está na freqüência de sempre (1 ou 2 ou mais vezes ao dia,). Se você suspeitar que ele está sem apetite, perca uns minutinhos ao lado dele, fazendo carinho enquanto come ( ISSO É MILAGROSO!! ). Muitas vezes, só a carência faz o gato perder a vontade de comer; pode acontecer de você ter estado muito ocupado com o trabalho ou outra atividade e seu animalzinho ter sentido isso. Ofereça comidas que ele goste, pois é melhor ele tomar um leitinho, comer uma carninha ou um patê do que não comer nada! E se, mesmo assim, continuar sem comer e, MUITO IMPORTANTE, SE ELE NÃO ESTIVER VOMITANDO; force um pouco de ração úmida (comercial) numa seringa, pequenas quantidades com intervalos de tempo entre elas, depois veja se ele come sozinho. Para forçar alimento com seringa, é importante não forçar na “goela”, pois ele pode engasgar-se. Sempre deixe sua cabeça na posição anatômica ( normal, como ele anda, por exemplo ) e não direcione para cima, como costuma-se fazer para forçar comida; pois quando a cabeça fica para cima ( olhando para cima ), a glote abre-se para o pulmão, fazendo com que o alimento vá para o pulmão. Portanto, ao forçar alimento para o seu gato, tenha em mente esses cuidados básicos para não causar um problema ainda maior. Coloque pequena quantidade dentro da boca, sobre a língua e deixe que ele coma sozinho, dê tempo para ele comer.
Claro, essas tentativas de retorno ao apetite em casa deve ser realizada por 1 dia. Se , no dia seguinte (no máximo), o gato não voltar a comer normalmente (quantidade significativa de ração), leve-o para o veterinário para que ele possa ajudar a descobrir a causa da anorexia/hiporexia.
É importante lembrar que gato é diferente de cão e que 2 a 3 dias sem comer (ou comendo menos) pode levar a conseqüências sérias na saúde que, se tratadas tardiamente, podem ser irreversíveis e levar a óbito.
De acordo com alguns veterinários, a insuficiência renal também é um problema comum que surge em gatos de todas as raças e idades, especialmente em felinos com cerca de 9 anos.
Os rins filtram os resíduos do sangue, por isso a saúde do bichano fica muito prejudicada se esses órgãos não funcionam adequadamente.
Os seguintes sintomas podem indicar insuficiência renal: cansaço, perda de apetite e de peso, vômito, diarreia, ingestão de água de lugares pouco habituais, aumento da quantidade de urina, feridas na boca,
mal hálito, fraqueza e facilidade para se cansar com qualquer atividade. Se seu bichano apresentar qualquer desses sintomas, leve-o ao veterinário.
O diagnóstico é feito através de exames completos e testes laboratoriais, como hemograma, bioquímica do sangue e análise da urina.
Infelizmente, a doença é progressiva e irreversível. O gatinho pode viver meses ou anos. E a maioria dos casos não tem causas específicas.
O tratamento dos casos graves inclui internação. Os mais leves, podem ser cuidados em casa, com medicamentos e ração especial.
Beber bastante água é importante para todos os bichanos, mas imprescindível para aqueles que têm insuficiência.
O mais importante é nunca adiar uma visita ao veterinário. Se seu gatinho vomitar, tiver diarreia, ou parar de comer, não espere pra ver se vai passar sozinho. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido o início do tratamento.
Esta doença é, na verdade, mais um sinal clínico (sintoma) que uma doença em si, visto que todas as doenças de gatos que levam à falta de apetite podem levar à lipidose hepática. E como quase todas as doenças que acometem os gatos levam à hiporexia (apetite diminuído) ou anorexia (falta de apetite), a lipidose pode acompanhar a maioria das doenças agravando-as.
Um gato com lipidose hepática, mesmo que ele “queira” comer, não consegue, pois o pouco que come vomita. Inicia-se um ciclo vicioso, pois a falta de alimento é a causa do problema, mas dar alimento leva à emese (vômito). Claro, o animal fica fraco, perde peso e vai a óbito.
Um gato com lipidose deve ser internado para ficar sob cuidados intensivos com fluidoterapia (soro) para tratamento da desidratação e medicamentos anti-eméticos, pois é de fundamental importância controlar o vômito para iniciar o quanto antes a principal parte do tratamento: alimentação forçada. Esta é realizada de forma gradativa com pequenas quantidades nos primeiros dias, aumentando e corrigindo as necessidades calóricas diária conforme o peso de cada animal. A alimentação é feita várias vezes ao dia, de hora em hora ou a cada meia hora (ou mais ou menos conforme cada caso) e será através de sonda ou, em casos menos graves, forçada na boca com uma seringa. Claro, outros medicamentos fazem-se importantes no tratamento (como antibióticos, reposição eletrólitos no soro, vitamina K, entre outros) e variam conforme o quadro clínico. Cabe ao médico veterinário fazer o protocolo ideal para seu paciente.
Descobrir o que levou o seu animal a desenvolver a lipidose hepática é muito importante, embora, nem sempre possível. É importante investigar outras doenças através de exames ou algum fator estressante como mudanças no seu ambiente ou na sua rotina (pessoas ou animais novos na casa, mudança de alimentação e, principalmente, viagens de seus donos). O stress é uma causa muito comum da lipidose. Na maioria das vezes, quando o dono do gato viaja, a pessoa que fica responsável pelo animal não percebe que este está comendo pouco. Muitas vezes, o gato vai até o potinho de comida e come alguma coisa. ISSO É MUITO IMPORTANTE: SÓ PORQUE O GATO É VISTO COMENDO NO SEU PRATINHO NÃO SIGNIFICA QUE ESTÁ COMENDO O SUFICIENTE!! Vários pacientes felinos, cujo dono dizia que o seu gato estava comendo, pouco, mas comia. A questão é que se seu gato está comendo cinco, seis ou dez grãos de ração por dia é o mesmo que “não estar comendo”, dadas as características fisiológicas de um gato. Ou seja, se a quantidade de alimento ingerido é muito pequena, o fígado pode desenvolver a lipidose, mobilizando as gorduras reservadas para suprir a falta de alimento. Outro fator que predispõe à doença é a obesidade.
Resumindo… É de extrema importância ter certeza que seu companheiro gato esteja comendo a quantidade que costuma comer. Observe a presença de fezes na caixa de areia, se está na freqüência de sempre (1 ou 2 ou mais vezes ao dia,). Se você suspeitar que ele está sem apetite, perca uns minutinhos ao lado dele, fazendo carinho enquanto come ( ISSO É MILAGROSO!! ). Muitas vezes, só a carência faz o gato perder a vontade de comer; pode acontecer de você ter estado muito ocupado com o trabalho ou outra atividade e seu animalzinho ter sentido isso. Ofereça comidas que ele goste, pois é melhor ele tomar um leitinho, comer uma carninha ou um patê do que não comer nada! E se, mesmo assim, continuar sem comer e, MUITO IMPORTANTE, SE ELE NÃO ESTIVER VOMITANDO; force um pouco de ração úmida (comercial) numa seringa, pequenas quantidades com intervalos de tempo entre elas, depois veja se ele come sozinho. Para forçar alimento com seringa, é importante não forçar na “goela”, pois ele pode engasgar-se. Sempre deixe sua cabeça na posição anatômica ( normal, como ele anda, por exemplo ) e não direcione para cima, como costuma-se fazer para forçar comida; pois quando a cabeça fica para cima ( olhando para cima ), a glote abre-se para o pulmão, fazendo com que o alimento vá para o pulmão. Portanto, ao forçar alimento para o seu gato, tenha em mente esses cuidados básicos para não causar um problema ainda maior. Coloque pequena quantidade dentro da boca, sobre a língua e deixe que ele coma sozinho, dê tempo para ele comer.
Claro, essas tentativas de retorno ao apetite em casa deve ser realizada por 1 dia. Se , no dia seguinte (no máximo), o gato não voltar a comer normalmente (quantidade significativa de ração), leve-o para o veterinário para que ele possa ajudar a descobrir a causa da anorexia/hiporexia.
É importante lembrar que gato é diferente de cão e que 2 a 3 dias sem comer (ou comendo menos) pode levar a conseqüências sérias na saúde que, se tratadas tardiamente, podem ser irreversíveis e levar a óbito.
De acordo com alguns veterinários, a insuficiência renal também é um problema comum que surge em gatos de todas as raças e idades, especialmente em felinos com cerca de 9 anos.
Os rins filtram os resíduos do sangue, por isso a saúde do bichano fica muito prejudicada se esses órgãos não funcionam adequadamente.
Os seguintes sintomas podem indicar insuficiência renal: cansaço, perda de apetite e de peso, vômito, diarreia, ingestão de água de lugares pouco habituais, aumento da quantidade de urina, feridas na boca,
mal hálito, fraqueza e facilidade para se cansar com qualquer atividade. Se seu bichano apresentar qualquer desses sintomas, leve-o ao veterinário.
O diagnóstico é feito através de exames completos e testes laboratoriais, como hemograma, bioquímica do sangue e análise da urina.
Infelizmente, a doença é progressiva e irreversível. O gatinho pode viver meses ou anos. E a maioria dos casos não tem causas específicas.
O tratamento dos casos graves inclui internação. Os mais leves, podem ser cuidados em casa, com medicamentos e ração especial.
Beber bastante água é importante para todos os bichanos, mas imprescindível para aqueles que têm insuficiência.
O mais importante é nunca adiar uma visita ao veterinário. Se seu gatinho vomitar, tiver diarreia, ou parar de comer, não espere pra ver se vai passar sozinho. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido o início do tratamento.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Como tratar da pata quebrada de um gatinho
Os gatinhos, e os gatos em geral, podem quebrar os ossos das pernas facilmente.
Por vezes a fratura pode passar despercebida ao dono, já que os gatos conseguem
tolerar razoavelmente bem a dor sem manifestar sintomas dela. Felizmente, gatinhos
e gatos são conhecidos pela sua capacidade de sarar facilmente fraturas de ossos.
A pata partida do seu bichinho deve sarar sem problemas, mas há algumas coisas
que pode fazer para dar mais conforto ao seu animalzinho durante o processo de cura.
- Arranje-lhe um lugar confortável para dormir. O seu gatinho não conseguirá semexer facilmente, por isso se ele tiver dificuldades para subir na cama, arranje-lheuma nova, de fácil acesso. Pode ser tão simples quanto uma almofada fofinha nochão.
- Remova as tentações. Os gatos adoram saltar nas coisas, portanto, retire todo omobiliário alto do gato e outras coisas, como bancos, que possibilitem que elesalte para os seus lugares favoritos, como a bancada da cozinha. Se o seu gatinhoestá habituado a ficar no sofá, tente levantá-lo ao invés deixá-lo saltar sozinho.
- Use qualquer medicação que o veterinário tenha receitado até ao fim. Para osossos quebrados normalmente são receitados antibióticos, e eles só funcionamse a embalagem toda for tomada. É difícil dar comprimidos a gatos, por issotente envolver o comprimido na comida e depois com cuidado faça-o engoli-lase ele não quiser comer. (Aperte-lhe o maxilar com cuidado para que abra a boca.)É uma tarefa desagradável, mas necessária.
- Mantenha o seu gatinho calmo. Não o deixe sair para a rua, e não o tente abrincar com os seus brinquedos favoritos. Se tiver dentro de casa um cão muitoativo, mantenha o cão noutra divisão para que não corra atrás do gato.
- Se os os pratos da água e da comida estavam num lugar alto, mude os para o chão.Certifique-se que são baixos para que o gatinho não tenha de fazer muita, ou mesmoalguma, força na pata para poder chegar à comida. Ponha a comida num prato e nãonuma taça.O mesmo serve para as caixas de areia, coloque o próximo possível do seu gatinho,pois quanto menos ele se mover, melhor para sua recuperação.
Dicas & Advertências
segunda-feira, 3 de junho de 2013
INVERNO CHEGANDO... Felinos são sujeitos a ter gripe e pneumonia.
Os gatinhos
sentem frio e precisam de proteção, como
casinha,toca e cobertores, para dormir, mas nada de
colocar roupinha neles, como normalmente se põe em
cães, hein!
casinha,toca e cobertores, para dormir, mas nada de
colocar roupinha neles, como normalmente se põe em
cães, hein!
Um bom
cobertor ou uma manta já resolvem o
problema. =^.^=
problema. =^.^=
Gatos
gostam de conforto e uma toca bem quentinha
no frio. Não se deve colocar roupas, pois o gato se
lambe o dia todo e a roupinha pode estressá-lo.
Cuidado com as correntes de vento de portas e janelas
e com os banhos; se puder evitá-los nessa época, melhor.
no frio. Não se deve colocar roupas, pois o gato se
lambe o dia todo e a roupinha pode estressá-lo.
Cuidado com as correntes de vento de portas e janelas
e com os banhos; se puder evitá-los nessa época, melhor.
Dê
"banhos" com lenços umedecidos, sem cheiro ou
próprios para pets. Gatos são sujeitos a ter gripe e/ou
pneumonia.
próprios para pets. Gatos são sujeitos a ter gripe e/ou
pneumonia.
A gripe
do gato não tem época, como a canina, e pode
acontecer no ano todo. O gatinho fica com secreção nasal,
olhos avermelhados, tristinho, com febre e espirra com
frequência.Um felino pode ter pneumonia bacteriana ou
viral.
acontecer no ano todo. O gatinho fica com secreção nasal,
olhos avermelhados, tristinho, com febre e espirra com
frequência.Um felino pode ter pneumonia bacteriana ou
viral.
Atenção!!!
Veterinários asseguram que tanto a gripe do
gato,quanto a do cão, não são transmitidas para nós,
humanos.
gato,quanto a do cão, não são transmitidas para nós,
humanos.
Portanto,
para que isso não aconteça, mantenha seu
gatinho bem aquecido e saudável. Coloque um cobertor
bem quentinho nos sofás ou caminhas, que já basta
para aquecê-los.
gatinho bem aquecido e saudável. Coloque um cobertor
bem quentinho nos sofás ou caminhas, que já basta
para aquecê-los.
domingo, 2 de junho de 2013
Acquablock - Um tecido a prova de arranhões!!!
Considerado o melhor tecido anti-gato é o Acquablock da Karsten! Eu já indicava este tecido contra arranhões de gatos, e agora com mais certeza posso garantir que é mesmo o tecido mais resistente quando o assunto for felinos com vontade de afiar suas unhas! O Acquablock tem uma trama muito fechada, e devido ao tratamento que recebe para o tornar impermeável praticamente fecha qualquer brecha em sua trama, sendo assim, o tecido acaba se tornando praticamente impenetrável às unhas dos gatos, um verdadeiro terror aos bichanos, que tendem a desistir de investir contra um material que não serve para afiar suas garras. A única contra-indicação do Acquablock é que é um tecido não tão macio e confortável quanto a Suede e a Sarja, mas se isso for a solução para ter seu gatinho em casa e também ter um sofá inteiro e apresentável, vale a pena investir no revestimento com este material! Outro cuidado necessário, é optar por cores claras do acquablock, no máximo um bege escuro, pois quando arranhado, pode deixar marcar na resina, assim como acontece com os couros sintéticos, mas de resto pode apostar sem medo! sexta-feira, 31 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
ESPOROTRICOSE TEM CURA!!!!!
Aumento no número de casos de esporotricose deixa protetores em alerta para abandono e morte de gatos
28 de maio de 2013 às 14:20
O aumento no número de casos de esporotricose no Rio de Janeiro, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz divulgada na semana passada, soou o alerta entre entidades protetora de felino. A esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos e é considerada rara na forma de zoonose, quando transmitida do animal para o homem. Causa feridas na pele que não cicatrizam e o agente causador é o fungo Sporothrix schenckii.
O maior medo de algumas organizações protetoras dos animais é que haja aumento no número de abandonos de gatos, devido à falta de informação. A veterinária Joseane Borges da Silva, da Associação Zoofilia Educativa, explicou que as chances de os gatos domésticos contraírem a doença são pequenas. “A esporotricose é um fungo que fica mais na matéria orgânica. É muito comum entre jardineiros. Como o gato tem o hábito de afiar a garra na vegetação, pode acabar adquirindo o fungo. Essa é uma doença frequente entre gatos que não têm tutor, que vivem na rua”, explicou.
Para a veterinária, a melhor forma de evitar que gatos contraiam o fungo é castrar o animal, para diminuir o nível hormonal e evitar que eles tentem fugir em busca de acasalamento. É preciso mantê-los dentro casa, porque o fungo vive na natureza, sobretudo em plantas e na madeira. Além dos felinos, a doença é transmitida por roedores e insetos, através de rupturas na pele.
O veterinário responsável técnico da Sociedade União Internacional de Proteção aos Animais, Paulo Menezes, disse que a doença tem tratamento e não deve ser motivo de pânico. “Quem mais sofre com essa doença é o gato, mas se tratado, fica curado entre 30 e 60 dias. Estou acompanhando o aumento dos casos da doença, mas minha preocupação é não alardear o caso, pois temo que saiam por aí matando e abandonando os gatinhos”, disse o veterinário.
A prefeitura do Rio oferece desde 2003, pelo Programa Bicho Rio, esterilização gratuita de cães e gatos. São nove centros cirúrgicos espalhados pela capital.
Fonte: JB
O maior medo de algumas organizações protetoras dos animais é que haja aumento no número de abandonos de gatos, devido à falta de informação. A veterinária Joseane Borges da Silva, da Associação Zoofilia Educativa, explicou que as chances de os gatos domésticos contraírem a doença são pequenas. “A esporotricose é um fungo que fica mais na matéria orgânica. É muito comum entre jardineiros. Como o gato tem o hábito de afiar a garra na vegetação, pode acabar adquirindo o fungo. Essa é uma doença frequente entre gatos que não têm tutor, que vivem na rua”, explicou.
Para a veterinária, a melhor forma de evitar que gatos contraiam o fungo é castrar o animal, para diminuir o nível hormonal e evitar que eles tentem fugir em busca de acasalamento. É preciso mantê-los dentro casa, porque o fungo vive na natureza, sobretudo em plantas e na madeira. Além dos felinos, a doença é transmitida por roedores e insetos, através de rupturas na pele.
O veterinário responsável técnico da Sociedade União Internacional de Proteção aos Animais, Paulo Menezes, disse que a doença tem tratamento e não deve ser motivo de pânico. “Quem mais sofre com essa doença é o gato, mas se tratado, fica curado entre 30 e 60 dias. Estou acompanhando o aumento dos casos da doença, mas minha preocupação é não alardear o caso, pois temo que saiam por aí matando e abandonando os gatinhos”, disse o veterinário.
A prefeitura do Rio oferece desde 2003, pelo Programa Bicho Rio, esterilização gratuita de cães e gatos. São nove centros cirúrgicos espalhados pela capital.
Fonte: JB
segunda-feira, 27 de maio de 2013
ANIMAIS EM CONDOMÍNIOS - IMPORTANTE SABER!!!
É
ilegal proibir o trânsito e permanência de animais em condomínios.
A Constituição Federal garante seus direitos. Veja parecer jurídico
do qual destacamos abaixo a conclusão:
- a) é nula e sem efeito qualquer CONVENÇÃO CONDOMINIAL que proíba a existência, ou permanência, de animais domésticos, especialmente de cães e gatos, em condomínio, vez que tal proibição afronta a Lei Maior do País, que é a Constituição Federal, onde estão tutelados jurídicamente a vida e o bem estar desses seres.
- b) os condôminos que se vejam violentados nos seus direitos de terem e manterem seus animais de estimação em suas unidades integrantes de condomínios devem (1) registrar queixa nas delegacias de polícia civil da jurisdição do seu bairro por constrangimento ilegal; (2) propor ação judicial, de natureza cautelar, buscando liminar para a permanência do seu animal sob sua guarda; (3) propor ação judicial ordinária para desconstituir a decisão de síndico, ou deliberada em assembleia condominial, que proíba a permanência de animais nas unidades; (4) propor ação judicial de natureza cautelar, buscando liminar para vetar proibição, emanada da administração do condomínio, da presença desses animais nos elevadores e que obriguem o trânsito apenas pelas escadas; (5) propor ação criminal por maus tratos ao animal, no caso de decisão do condomínio que o obrigue a subir escadas, proibindo-o de entrar e transitar no elevador; (6) propor ação de indenização por danos morais em decorrência do constrangimento havido por força dessa ordem proibitiva de o animal transitar pelo elevador; (7) propor ação judicial contra proibição de ingresso de visitantes acompanhados de animais; (8) propor ação de indenização por danos morais em face dessa proibição.
- c) é ilegal e configura prática de crueldade a decisão de síndico, ou adotada em assembleia condominial, que obrigue a utilização de focinheira em animais domésticos de pequeno porte, dóceis, de índole pacífica, cabendo, do mesmo modo, a adoção das providências policiais e judiciais mencionadas na letra anterior.
Abaixo,
a íntegra do parecer:
SOLICITANTE:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA VERDE VIVA
I
- A CONSULTA
Solicita-nos
a Associação Brasileira Terra Verde Viva a emissão de Parecer
Jurídico sobre a seguinte situação:
"Têm sido
encaminhadas ao e-mail desta Associação várias denúncias sobre
Condomínios que proíbem a permanência de animais nas unidades dos
Condôminos (proprietários, ou locatários); proíbem o trânsito de
animais nas áreas comuns dos edifícios; proíbem o transporte dos
animais nos elevadores, até mesmo no de serviço; e, além disso,
abordam os Condôminos que têm animais de estimação, de forma
escrita ou verbal, para que estes retirem seus bichos das suas
unidades. Além de tudo isso, proíbem que visitantes (parentes e
amigos de condôminos) subam aos apartamentos ou à unidades
horizontais com bichos de estimação.
Diante
da frequência com que isso vem ocorrendo, solicitamos Parecer
Jurídico a V.Senhoria, a fim de que possamos orientar as pessoas que
estão relatando esses problemas."
Posta
a situação dos fatos, passamos a examinar e a emitir a nossa
opinião jurídica, amparada em fundamentos Constitucionais e
infraconstitucionais, que, ao nosso ver, é o que responde ao
questionamento suscitado por essa Associação ambientalista.
II
- O PARECER
A
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DOS ANIMAIS. LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA E A
IMPORTÂNCIA DOS ANIMAIS NO SISTEMA JURÍDICO.
Os
animais, desde 1988, data em que foi promulgada a Constituição
Federal, passaram a ter amparo jurídico, pela Lei Maior do País,
conforme se vê do art. 225, §1º, VII, da Constituição Federal,
que dispõe:
"Todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para
as presentes e futuras gerações.", e que "Para assegurar
a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: VII -
proteger a fauna e a flora, vedadas,
na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies
ou submetam
os animais a crueldade".
Desdobrando
o princípio contido no Texto Constitucional, vem o art. 32, da Lei
9.605, de 12.02.98 (Crimes ambientais), que prescreve:
"Praticar
ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos: pena
- detenção, de três meses a um ano, e multa"
Afinal,
prevê o art. 3º, do Decreto Federal de 10.07.34, editado no Governo
de Getúlio Vargas, que: "Consideram-se
maus tratos:
I - praticar
ato de abuso ou crueldade em qualquer animal".
Por
aí já se vê que aos animais foi manifestada a consideração do
legislador constitucional e dos legisladores ordinários
contemporâneos, desde 1934.
O
que se observa de toda essa legislação é que o animal está, assim
como os seres humanos, no âmbito jurídico e legal, protegido pelo
Estado, merecendo o respeito de todos, que devem tratá-los com
dignidade. Quem assim não procede pratica crime, com pena de
detenção de 3 meses a um ano.
A
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O DIREITO DE PROPRIEDADE. CONEXÃO DO TEMA
COM A PERMANÊNCIA DE ANIMAIS EM CONDOMÍNIO
O
sistema constitucional brasileiro consagra o direito de propriedade
como um dos vetores que definem a forma de vida em sociedade,
dispondo que:
Art. 5º Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I/XXI - (...)
XXII
- é garantido o direito de propriedade;
Art. 170. A ordem
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - (...)
II
- propriedade privada;
Dos
dispositivos transcritos, extrai-se que o direito de propriedade é
princípio consagrado na Constituição Federal e, como tal, há de
ser observado.
Assim,
o proprietário de qualquer imóvel construído no território
brasileiro é livre para administrar a vida do seu bem e, no
exercício do seu direito de propriedade, ali viver, traçando ele
próprio as regras e normas que devem reger a sua casa, sem que tenha
de pedir ao vizinho consentimento para isso. Dentro dos limites do
seu imóvel, pode o proprietário, ou o locatário, ou o cessionário,
ou quem esteja na sua posse, fazer o que bem lhe aprouver, havendo,
apenas, de estabelecer critérios nos modos de habitação, por
naturais e razoáveis limitações que lhe impõe a convivência em
sociedade.
A
CRIAÇÃO DE ANIMAIS EM CONDOMÍNIO E O DIREITO DE PROPRIEDADE
Em
relação à questão trazida pela Associação Consulente, a
transcrição desses dispositivos constitucionais tem pertinência,
já que o Condomínio, bem como os Condôminos, têm o dever jurídico
de respeitar o direito de propriedade do seu integrante.
Não
podem, por exemplo, ter o seu espaço invadido por vizinhos, que lhe
queiram ditar o modo de viver, nem determinar o que deva ser adotado
como procedimento da pessoa no convívio com os seus familiares.
Com
relação aos animais, é sabido que há pessoas que, efetivamente,
deles não gostam, sendo intolerantes para com a presença de
qualquer bicho que seja. Um, apenas, é o suficiente para
provocar-lhes irritação, ainda que o animal não emita um só
latido, ou miado, sendo motivo determinante para a alteração de
humor dessas pessoas o fato de existir o animal no ambiente.
Evidentemente, são seres humanos afetados por problemas emocionais
estruturais que precisam de atenção psicológica ou psiquiátrica,
a depender do grau de problemas gerados pelo comportamento patológico
demonstrado em relação aos animais. Essas pessoas têm postura
patológica contra esses seres, tais quais os homofóbicos, os
intolerantes raciais etc.
Agrava-se
o problema quando essas pessoas confundem as suas emoções pessoais
com o exercício do munus atribuído
ao Síndico do Condomínio.
Eleitos, capitaneiam iniciativas para a retirada de animais do
edifício, alterando as convenções, submetendo -
sem medir as consequências jurídicas dos seus atos -
os condôminos que criam cães e gatos a constrangimentos ilegais,
que podem desaguar nas delegacias de polícia se a pessoa
constrangida tiver a mínima noção dos direitos que o assistem
nessa relação de convivência condominial.
É,
pois, entendimento assentado em bases jurídicas afinadas com o
princípio da razoabilidade e proporcionalidade que somente
incômodo extraordinário pode
questionar a presença de animais em condomínios.
Se
o cão, por exemplo, late quando seu dono chega em casa, fazendo-lhe
festa por sua chegada, esse comportamento não pode ser considerado
um incômodo à vizinhança. Se, da mesma forma, alguém bate à
porta do apartamento e o animal late, isso não pode ser considerado
incômodo extraordinário.
Essas
situações rotineiras não constituem motivo para a retirada do cão
do condomínio. São reações normais do animal que convive com
seres humanos. Se assim pudesse ser considerado, certamente não
haveria um só condomínio com crianças nas suas unidades, pois é
corriqueiro e faz parte da vida o alvoroço de crianças brincando
nos playgrounds, correndo pelas escadas, gritando e sorrindo.
Somente
se considerariam anormais e extraordinários latidos intermitentes e
constantes. Nesse caso, a hipótese não é a de se retirar o animal
da unidade do condômino, mas sim de se saber qual a razão
(certamente maus tratos) que estaria levando o animal a desconforto
tal capaz de fazê-lo manifestar a sensação de mal estar através
de latidos intermitentes.
Obrigar,
forçar, oprimir o condômino a retirar seu animal da sua convivência
porque há pessoas no condomínio que não gostam de animais é coisa
do passado, anterior a 1988, quando não existia a proteção
constitucional expressa na Lei Maior do País.
A
proibição da existência ou permanência de animais em Condomínio
há de ser enfrentada com o ajuizamento de Ação de Nulidade da
Convenção Condominial por absoluta falta de amparo jurídico,
pedindo-se ao Poder Judiciário uma liminar, em Ação Cautelar no
Juizo Comum, ou em Processo deflagrado em Juizado Especial, para
obstar os efeitos ilegais da referida Convenção.
Há,
portanto, premissas que devem orientar a convivência com animais em
condomínio:
A
primeira é que é nula
e sem efeito qualquer CONVENÇÃO CONDOMINIAL que proíba a
existência, ou permanência, de animais domésticos, especialmente
de cães e gatos, em condomínio.
A
Constituição Federal, nos seus arts. 5o e 170,
asseguram o direito de propriedade, podendo o proprietário, ou quem
esteja na posse do imóvel, manter animais na sua unidade. E o art.
225, parágrafo primeiro, inciso VII, também da Carta Federal, situa
o animal como parte do meio ambiente e tutela juridicamente o direito
deles à dignidade, vedada a prática de maus tratos.
É
EXIGÊNCIA CRUEL OBRIGAR CÃES DÓCEIS E DE PEQUENO PORTE A TRANSITAR
DE FOCINHEIRA. CÃES BRAVOS DEVEM TRANSITAR PELOS ELEVADORES E
ÁREAS COMUNS DO CONDOMÍNIO PORTANDO COLEIRA E FOCINHEIRA.
Os
cães de grande porte e considerados bravios, devem caminhar pelos
elevadores e nas áreas comuns dos condomínios com seus guardiães,
sempre portando coleira e focinheira.
Essa
exigência, porém, direcionada para cães dóceis e de pequeno porte
é decisão condominial dezarrazoada que provoca desconforto
desnecessário ao animal que não oferece qualquer tipo de perigo às
pessoas. A rigor, decisão dessa índole, que venha a ser adotada
pelas administrações dos condomínios, é inconstitucional, pois a
manutenção de instrumento que dificulta a articulação, a
liberdade de movimentos, impõe limitação à livre respiração e
impinge desconforto e sofrimento ao animal, ainda que
transitoriamente, caracteriza prática de crueldade vedada pela
Constituição. É, evidentemente, uma forma de desrespeito à
dignidade do animal, configurando maus tratos, que deve ser suprimida
das iniciativas adotadas por síndicos e assembleias dos condomínios.
Há
casos em que pessoas que convivem nos condomínios oferecem perigos
que um cão, ou um gato, não oferecem. São usuários de drogas, com
atitudes intempestivas, imprevisíveis, violentas, portadores de
armas de fogo ou armas brancas, ameaçando vizinhos e transeuntes
dentro de condomínios. São pessoas insanas, portadoras de
deficiências mentais, que podem a qualquer momento investir contra
crianças, idosos ou mesmo seres humanos e até contra animais que se
achem no mesmo recinto ou ambiente dentro do condomínio.
Animais
são constantes vítimas de pessoas más, que cometem crimes, como
envenenamento de cães e gatos em condomínios, liderados por ideias
malévolas e ilegais de síndicos que não gostam desses seres.
CONFIGURA
CONSTRANGIMENTO ILEGAL DECISÃO DE ASSEMBLÉIA QUE OBRIGA CONDÔMINOS
A TRANSITAREM COM SEUS ANIMAIS PELAS ESCADAS, PROIBINDO-OS DE
CONDUZIREM-NOS PELOS ELEVADORES
Quanto
às proibições ilegais e abusivas do uso dos elevadores para
conduzir os animais, devem ser enfrentadas também aí com a
propositura de Ação Judicial. Obrigar os animais a subirem escadas
é prática de crueldade, vedada pela Constituição, especialmente
quando esses são portadores de doenças que possam ser agravadas com
o movimento (cardiopatas, neuropatas etc), ou mesmo quanto aos
animais idosos, já impedidos pela idade de subir e descer escadas.
É
incontestável que o direito de ir e vir do guardião do animal
estende-se a este. E qualquer decisão de assembleia condominial em
sentido contrário, caracteriza-se como constrangimento ilegal
previsto no art. 146 do Código Penal Brasileiro, além de constituir
crime ambiental, art. 32, da Lei 9.605/98 (crime de maus tratos),
comportando, inclusive, a adoção de providências policiais e
judiciais para conter o ilícito.
De
igual modo, as abordagens verbais ou escritas feitas por vizinhos,
síndicos ou porteiros, aos condôminos que têm animais nas suas
companhias, com o propósito de constranger-lhes obrigando-os a
transitar pelas escadas, proibindo-os de utilizarem o elevador,
configuram também constrangimento ilegal, a ser coibido com queixa
policial contra o autor do fato.
QUANTIDADE
DE ANIMAIS NAS UNIDADES. O DIREITO DE PROPRIEDADE ASSEGURA AO
CONDÔMINO A MANUTENÇÃO DE QUANTIDADE QUE LHE PAREÇA RAZOÁVEL
DENTRO DA SUA UNIDADE
A
quantidade de animais dentro da unidade residencial, ou de trabalho,
é algo que deve ser determinado por quem a ocupa. Se o condômino
acha que pode conviver com mais de um, ou de dois, ou de três, ou de
cinco animais, é uma avaliação sua e uma decisão que lhe cabe
tomar dentro do direito que detém de reger a sua propriedade,
assegurado pela Constituição Federal.
Os
vizinhos, ou o síndico, não podem interferir na vida intra
proprietatis do
condômino.
Cabe
ao condômino, que mantém os animais em sua unidade, observar o
asseio e a higienização do local, dispensando-lhes os cuidados
necessários à saúde (vacinação, tosa e banho regulares);
cuidados médicos que lhes proporcionem conforto e bem estar;
contratar pessoas para cuidar deles, de forma a que estejam sempre
bem, mantendo-se a unidade em condições normais de habitação.
PROIBIÇÃO
A VISITANTES DE ACESSAREM AO CONDOMÍNIO ACOMPANHADOS DE ANIMAIS.
ILEGALIDADE
A
proibição a visitantes de acessarem ao condomínio acompanhados de
animais é ato inconstitucional e ilegal.
Configura-se
aí constrangimento ilegal, ensejando pedido de indenização por
dano moral, tanto ao guardião do animal, quanto ao condômino que
iria receber a visita do guardião.
Aplicam-se
a essa hipótese todos os fundamentos discorridos no corpo do
presente parecer.
III
- CONCLUSÃO
Concluindo,
cabe a orientação jurídica que se registra a seguir:
a)
é nula e sem efeito qualquer CONVENÇÃO CONDOMINIAL que proíba a
existência, ou permanência, de animais doméstico, especialmente de
cães e gatos, em condomínio, vez que tal proibição afronta a Lei
Maior do País, que é a Constituição Federal, onde estão
tutelados juridicamente a vida e o bem estar desses seres.
b)
os condôminos que se vejam violentados nos seus direitos de terem e
manterem seus animais de estimação em suas unidades integrantes de
condomínios devem (1) registrar queixa nas delegacias de polícia
civil da jurisdição do seu bairro por constrangimento ilegal; (2)
propor ação judicial, de natureza cautelar, buscando liminar para a
permanência do seu animal sob sua guarda; (3) propor ação judicial
ordinária para desconstituir a decisão de síndico, ou deliberada
em assembleia condominial, que proíba a permanência de animais nas
unidades; (4) propor ação judicial de natureza cautelar, buscando
liminar para vetar proibição, emanada da administração do
condomínio, da presença desses animais nos elevadores e que
obriguem o trânsito apenas pelas escadas; (5) propor ação criminal
por maus tratos ao animal, no caso de decisão do condomínio que o
obrigue a subir escadas, proibindo-o de entrar e transitar no
elevador; (6) propor ação de indenização por danos morais em
decorrência do constrangimento havido por força dessa ordem
proibitiva de o animal transitar pelo elevador; (7) propor ação
judicial contra proibição de ingresso de visitantes acompanhados de
animais; (6) propor ação de indenização por danos morais em face
dessa proibição.
c)
é ilegal e configura prática de crueldade a decisão de síndico,
ou adotada em assembleia condominial, que obrigue a utilização de
focinheira em animais domésticos de pequeno porte, dóceis, de
índole pacífica, cabendo, do mesmo modo, a adoção das
providências policiais e judiciais mencionadas na letra anterior.
É
o Parecer, smj.
Salvador,
7 de julho de 2007
ANA
RITA TAVARES
Advogada
e Consultora Jurídica
OAB.BA
8131
Texto
publicado no site http://www.terraverdeviva.org.br/.
Ana
Rita Tavares - terraverdeviva@yahoo.com.br
Advogada
e consultora jurídica, integrante da ONG Associação
Brasileira Terra Verde Viva, em Salvador/BA.